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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Mãe-Nutricionista ou Nutricionista-Mãe?

 
Olá pessoal! Vocês estão lembrados do Bruno, o menininho que toma suco de limão sem açúcar e não gosta de refrigerante? Hoje a mãe dele, minha querida amiga Fernanda Laino, atendeu aos pedidos e nos trouxe um ótimo texto no qual discorre sobre Alimentação Infantil na prática, unindo a sabedoria de uma nutricionista e a experiência de uma mãe – desnecessário dizer que ela tem propriedade no assunto. Confiram!

Quando falamos em alimentação infantil, não estamos falando apenas sobre o que crianças podem ou não podem comer, sobre técnicas de preparo, carências nutricionais... Alimentação Infantil é muito mais. Não só o alimento em si, mas o ambiente e a maneira como este alimento é oferecido, como a família encara o momento da refeição, o conceito que os pais têm sobre seu próprio estado nutricional, são alguns pontos que devem ser observados, porque podem influenciar positiva ou negativamente o comportamento alimentar dos filhos.
Tenho dois filhos, um de 4 anos e outro de 5 meses e confesso que muitas vezes os papéis de mãe e nutricionista se confundem. Meu lado nutricionista (por sinal, o lado mais racional) teoriza, analisa e consegue enxergar facilmente os erros de percurso durante o processo de aprendizagem da alimentação. Aprendizagem? Sim, o sentir fome é um instinto de sobrevivência, mas aprender o quê e como se alimentar, é outra história.

Mas e o lado mãe? Este é igual a qualquer outra: preocupada se o filho comeu tudinho na escola, estressada quando o filho resolve sair da mesa e ficar pulando pela sala a cada garfada, histérica quando ele volta da festinha do amiguinho no buffet com um saquinho de lembrancinha lotado de balas e pirulitos, e surtada quando termina o jantar e percebe que metade da comida que estava no prato foi parar no chão embaixo da mesa! Vejo isso acontecer todo dia, as queixas são sempre as mesmas e por isso a maternidade me ajudou a encarar as bonitas e milagrosas teorias que a gente encontra nos livros de nutrição de um jeito diferente, fazendo com que elas sejam aplicáveis no dia a dia e entendendo, de fato, quais mecanismo interferem no comportamento alimentar dos nossos filhos. Confesso, que a fórmula é muito simples: BONS EXEMPLOS.
Nossos filhos são nosso reflexo em tudo e na alimentação não é diferente. Como querer que seu filho entenda a importância de um bom café da manhã se o café da manhã do pai é um copo bem cheio de Coca Cola? Como querer que seu filho goste de comer frutas e sucos naturais se você não o deixa conhecer o real gosto da fruta, entupindo o suco de açúcar refinado desde a primeira prova? Ah, mais coitadinho, vai ficar amargo! Negativo. Quando nascemos não conhecemos certos gostos e por isso não sentiremos falta deles se não nos forem apresentados. 

Não colocar açúcar no suco, no leitinho, é um ótimo começo para se formar um indivíduo com bons hábitos alimentares.

Mas de nada adianta sermos bons exemplos se faltar paciência, tolerância e calma. Os filhos nos testam a todo minuto, e na mesa não é diferente. Um dia eles comem bem direitinho, raspam o prato e você acredita que não terá problemas. No outro, resolvem implicar com “aquela coisa laranja” que está no prato e fazem um escândalo na mesa. Você não entende nada, jura de pé junto que eles já haviam experimentado. Então começam a provocar, você se irrita e está armada a confusão. E se perceberem que a comida é uma grande moeda de barganha para conseguirem o que quiserem de você, aí já era!

Por isso que a alimentação é uma aprendizagem. Dele e sua.

Procuro fazer com que meu filho mais velho sempre experimente tudo que é tipo de comida (mesmo que eu mesma deteste uma coisa ou outra). Acho que não temos o direito de interferir no paladar deles. Lógico que quando uma família não tem costume de consumir certo alimento, a criança vai demorar a ter contato com ele, mas nunca devemos impedir se houver a oportunidade.
Este é apenas um dos exemplos que costumo colocar em prática com meus filhos e é assim que os meus dois papéis vão se confundindo. Meu papel de mãe que consegue entender as queixas e as ansiedades maternas, agregado ao meu papel de nutricionista, que estuda e tenta ajudar as famílias a manterem um ambiente saudável e familiar neste processo de aprendizagem alimentar.

Dra. Fernanda Laino
Contato:  fernandalaino@hotmail.com







quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Criança toma suco de limão sem açúcar e não gosta de refrigerante


Parece uma manchete de jornal, não é mesmo? Pelo perfil da alimentação de hoje, bem que poderia ser... E é verídico!
Essa criança maravilhosa e super saudável, é o Bruno, filho de 3 anos da minha amiga nutricionista, Fernanda Laino. Fui visitá-la nestas férias, tudo de bom! Fiquei impressionada na hora do almoço, quando vi Bruno indo direto na tigela de rúcula! Coisa linda de se ver!
Minha amiga relatou que, como em sua casa o açúcar só é usado em bolos ou esporádicas sobremesas, Bruno aceita muito bem suco sem açúcar, inclusive o de limão! E ainda: com o paladar adaptado a uma alimentação saudável desde o nascimento, rica em alimentos naturais, ele recusou refrigerante na única vez em que provou, numa festa de aniversário!
Bruno é uma criança como todas as outras, a diferença é que logo no início do processo de formação dos hábitos alimentares, ele teve a oferta do que realmente é saudável.
A criança não nasce gostando de açúcar, doces, biscoitos, salgadinhos. Na verdade, ela não nasce escolhendo nenhum sabor, as preferências alimentares surgirão com base no que for ofertado a ela. Ninguém sente vontade de comer aquilo que nunca provou. Se você nunca tomou suco com açúcar, não sentirá a mínima falta, pelo contrário, achará estranho quando for adoçado. Até mesmo o refrigerante – tão idolatrado pela maioria das crianças –  devido ao sabor excessivamente doce, ao ácido fosfórico e gás, pode parecer estranho ao paladar adaptado a sabores suaves e naturais.
O mesmo pode acontecer até com adultos após processo de educação alimentar, onde se resgatam bons hábitos e apreciação do que é comida de verdade.
Muitas crianças detestam frutas, verduras e legumes, pois muitas não tiveram acesso logo que começaram a receber outros alimentos além do leite materno. Após alguns anos consumindo produtos ricos em açúcar, gordura e sal, fica difícil gostar do que é saudável. Difícil, mas não impossível!
Por isso, convidei a minha amiga para enriquecer o blog com postagens relacionadas à alimentação e nutrição infantis. Ninguém melhor que uma mamãe nutricionista para falar do assunto, não é?
Então vamos aguardar, que em breve, teremos muita informação da Dra. Fernanda sobre a alimentação dos pequenos, que serão os adultos saudáveis de amanhã!